Bola de meia, bola de gude, o solitário (ou seria o solidário?) não quer solidão, cada vez que o adulto balança o menino me dá a mão... Pensei em B, de Bola, e veio essa musiquinha instantaneamente. Nem eu sabia que ela estava assim tão presente em meu subconsciente. Freud deve explicar. A letra nem deve ser bem assim, e não sei se é do 14 Bis ou do Milton Nascimento. Poderia verificar facilmente em dois segundos, vocês dirão. Mas não quero. Freud também deve ter uma boa explicação para isso. Mas quem quer explicação?
Assim, também sem explicação, pensei em outras bolas: bola cheia, bola murcha, ora bolas, não dar bola, bolada nas costas, chicle de bola...o mundo é uma bola! Bolas, bolinhas, bolotas. Sem falar nos esportes de bola, por cima da rede, dentro da rede, na caçapa, na cesta, no chão...não sei como nenhum carnavalesco pensou neste tema ainda! Posso ver a avenida repleta de bolas de todas as cores e materiais, bolas de paetês, de plumas, de pelos, bolas de neve!
Fale: bola! E cada um pensará uma coisa diferente. Só com bola de cristal para adivinhar! Aliás, confesso que para mim esta sempre foi a mais fascinante das bolas. Aquela que límpida, transparente e brilhante era capaz de mostrar o futuro e o passado, de desnudar quem se atrevesse a questioná-la sobre o destino. Uma bola de cristal me faria o homem mais poderoso sobre a face da terra! Lamentavalmente o mais próximo que cheguei de uma bola de cristal foi uma pequena coleção de bolinhas de gude (talvez daí a afinidade com a música). E o máximo que minhas mini bolas de cristal informavam é que eu tinha uma péssima mira e que em breve elas todas (as bolitas) me deixariam... A mini previsão se revelou absolutamente verdadeira quando perdi todas as bolihas para meu irmão, que jogava infinitamente melhor que eu.
Pensando bem, através dos tempos, minha relação com alguns tipos de bola sempre foi de alguma forma polêmica. Bolas esportivas sempre me apavoraram. Em especial aquelas pequenas e pesadas do handebol. Pareciam feitas para me atingir. Minhas fugas descontroladas com o propósito de preservar, se não minha vida, meus dentes, nunca foram bem interpretadas pelos meus colegas que disputavam a tapa minha escalação no time contrário.
Mas não sou de dar bola para tudo o que pensam ou falam de mim. Não fico bolado assim tão facilmente. E isso me lembrou um versinho bem bobo, que poderia figurar no livreto da minha amiga, aquela:
"Cabeçorra, cuca, bola,
Muitos nomes ela tem,
Dão tanto nome à cachola,
Mas cabeça, poucos têm!"
2 comentários:
Blá, blá, blá....ora bolas Nestor, prá começo de conversa, posso garantir que se trata de letra de BRANDT, o Fernando, aquele parceiro de Milton Nascimento no sentido musical, que tem nos permitido outras BELAS canções tais como travessia e canção da América.
Modéstia à parte Nestor, Angelica Ro Rola também é cultura.
Mas o que está acontecendo contigo caro BOFE ás avessas? De tanto falares das bolas, ficastes andando em círculos. Estás de BODE Nestorzinho?
Calma, não te magoes, sei o quanto é sensível, e não penses que minhas palavras quase ferinas pretendam ter o impacto de um BOFETE.
Para a falar aquilo que me parece ser a verdade do momento eu também me pergunto....
Será que a vida não se resume a uem eterno andar de círculos?
Será que no fundo ou no raso como queiras, não estamos repetindo a saga de Aureliano BUENDÍA que terminou seus dias derretendo peixinos de ouro para tornar a fazê-los.
A essa altura, tu já deves estar me olhando com aquele inefável ar gayucho cuja expressão diz assim: BAAARBARIDADE TCHÊ.....
Para que fiques com uma má impressão, ou penses que dei um BICO na tua canela,ou que vivo cuspindo BALA, também vou me dar o direito de lembrar uma cantiga infantil mal intencionada:
"alface já nasceu, a chuva quebrou um galho, reBOLA chuchu, reBOLA se não eu caio....."
Boa de briga, Angélica! Bora escrever teu A e teu B. Qual é o endereço do teu blog?
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